Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica
pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um
cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela
janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a
fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita.
Assim que a noite de
aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre
que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele
logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho
tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da
garota que ele achava que conhecia.
John Green é John Green. Ainda que a história não me
atraia muito, tem algo em sua escrita que faz achar seus livros irresistíveis.
Mais do que tudo, Cidade de Papel (pelo menos na minha concepção), é um livro sobre sensações. Não é uma história
épica, nem tem seus momentos de sentimentalismo, mas a cada capítulo nos sentimos diferentes. Em
poucas páginas vamos do marasmo ao
sufocamento e, então vem uma lufada de ar e respiramos novamente. O que de modo
algum é uma crítica negativa. A partir do momento em que você se
entrega ao livro é recompensado pelas mais variadas emoções. Algumas boas, como
quando nos sentimos como detetives realizados, e outras tão melancólicas que a
esperança parece utópica.
Assim como na maioria dos
livros do autor, temos um protagonista absolutamente comum e por isso tão
identificável e carismático, “the boy next door”, sabe? Ele esteve sempre ali e
ninguém reparou, até que um dia as coisas mudam. Sua vizinha - por quem sempre
esteve apaixonado - aparece de repente com um plano maluco e o então sempre
comportado Q passa a fazer parte de uma série de atos vingativos.
Não estamos falando de “V de
Vingança” nem nada do tipo, é mais algo como “A vingança dos nerds”, muito divertido
e de certa forma inocente. Q se sente vivo e mais do que nunca quer saber mais
sobre Margo.
Até que no dia seguinte, ela
some.
E é aí que o livro começa,
Margo é muito mais do que a rainha do colégio, ela é uma pessoa real, com
ideias diferentes e uma mente completamente imprevisível e é atrás dessa garota
que ele começa a correr atrás.
Q e seus amigos (eu sempre
amo os amigos dos protagonistas!) tornam-se verdadeiros investigadores para
descobrir o paradeiro de Margo, que aparentemente quer ser encontrada e por
isso deixou pistas para tal.
Não posso deixar de mencionar
que o livro parece em muitas passagens com o “Quem é você, Alasca?”, as personagens possuem
personalidades muito similares, além disso o próprio desaparecimento da Margo me lembrou
do acidente da Alasca, assim como a necessidade do protagonista de descobrir a
verdade.
O livro me surpreendeu
muito, o que eu achei que seria um romance clean, com um toquezinho de
melancolia, como estou acostumada nas obras do JG, se transformou num suspense,
ainda que leve. Nos juntamos à Q em sua busca pelas respostas e a cada pista
deixada para trás por Margo, mil teorias vêm a nossa mente.
Cidades de Papel nos faz
pensar de verdade. Sobre o que estamos fazendo, o quanto o futuro é real ou
mesmo se não estamos vivendo a Cidade de Papel.
Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrinseca
Páginas: 368
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