Não podemos mais comer em paz?
Esses dias, em uma conversa na
padaria, ouvi as mulheres falando sobre refrigerante para os filhos. Eu tomava
até na mamadeira, acho. Aliás, vi uma cena dessas há poucos dias em um restaurante
da cidade. A mãe não devia ter mais que 30 anos, imagino. Com todo o acesso à
informação de que refrigerante faz mal..mas quem sou eu pra dizer à uma mãe que
é errado?
Eu fui criada à base de porcarias. Refrigerante,
salgadinhos (devorava pacotes grandes Miliopan <3), bolacha (ou biscoito
para alguns) e tudo mais que não presta. Eu não condeno minha vó por isso. Ela simplesmente não tinha tanto acesso à
informação que temos hoje.
Por outro lado, essa enxurrada de informação
que às vezes parece exagerada. Não passa um dia sem sair uma notícia terrível
sobre algo que faz mal. A mais aterrorizadora de todas foi, com toda certeza,
sobre o bacon. A repercussão foi mundial e polêmica. A real é que é difícil ser
feliz sem bacon. Eu não confio em quem não come bacon!
![]() |
Foto daqui. |
Esse tipo de notícia gera um certo
pânico. Mas esquecem do detalhe, e os jornalistas também quase sempre esquecem
da frase “se consumido em excesso”. Apesar
de que não precisa ser cientista pra saber que comer bacon em excesso, assim
como outros tantos alimentos fazem mal.
Falando em mídia, não passa um dia
sem eu ver no meu feed do Facebook, em alguns dos muitos sites que sigo,
notícias sobre “alimentos que fazem você emagrecer”, “alimentos que você não
pode comer”. Todas teorias reforçadas por fotos de modelos famosas, atrizes
globais e afins. Ou pior. Dois estudos, do mesmo alimento, que tem resultados
totalmente opostos. Já vi vários sobre o café, que é meu amor eterno.
Mas então… o que vamos comer? Não sou
só eu que
questiono isso. Vejo vários comentários na internet sobre o tema. A
impressão que dá é que tudo faz mal, tudo dá câncer, que não se pode comer
nada. Aliás, isso não é uma mera impressão!
A engenheira agrônoma e nutricionista
Sophie Deram, doutora em endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP),
chama o fenômeno de “Terrorismo nutricional”. Sabiam?
No site da Época, tem uma entrevista
muito interessante sobre o assunto, que eu já tinha lido quando foi divulgada
em 2014. Em resumo, ela critica essa onda de que um alimento é bom ou ruim,
engorda ou emagrece. “Não existe isso. Nenhum alimento por si só vai fazer
engordar ou emagrecer”, afirma a doutora.
Eu deixei de comer algumas coisas
recentemente. Cortei em quase 100% o refrigerante, parei de comer margarina.
Aquelas delícias da minha infância e adolescência também. Confesso que não
sinto falta. Não fiz isso pra ficar
magra, não tenho esse complexo, mas sim porque pensei “não preciso disso pra
ser feliz”. Mas, se me der vontade agora
de tomar um gole de coca agora, eu vou. Não é isso que vai me matar. Pode me
matar se eu tomar dois litros de coca por dia. Fanatismo, por excesso ou
restrição demais, faz mais mal que bacon. Tenho certeza!
0 comentários
Obrigada pela visita!
Sinta-se em casa e se gostar do post, não esqueça de comentar.
Beijos!