Stephanie leu: Cuco

Muitas pessoas se mostraram extremamente curiosas quando lhes apresentei meu exemplar do livro. A sinopse chama muito a atenção, a capa promete uma estória eletrizante e os boatos de pessoas que amam qualquer livro que leiam dizem que o livro bom. E é. Mas, vamos com calma... Cuco é, sem dúvida, um livro eletrizante. O enredo não é cansativo, não deixa quase nada a desejar. Eu disse "quase".
Coloquemos a personagem Polly em qualquer enredo que seja, e ela nos deixará sem sono. Passeia-se pelas páginas esperando que ela surja a qualquer momento e, de súbito, realize algum ato que nunca poderia ter sido imaginado. Comecei a ler o livro devagar, mas depois que ela pôs os pés na casa de sua melhor amiga, Rose, após se ver sozinha na Grécia com seus dois filhos depois que o marido sofreu um acidente e morreu, decidi que leria tudo de uma vez, até que ela saísse. Não convém revelar aqui se ela saiu ou não.
Outros personagens como Rose, seu marido Gareth e seu amigo Simon, por exemplo, deixam claro que estamos lidando com uma narrativa adulta, madura... e corrompida. Quero dizer com isso que, talvez desejando transmitir uma imagem adulta e madura do livro ou ainda, para que mais tensão fosse criada, a autora moldou personalidades quase que doentes, que fazem jus como ninguém mais à expressão “a carne é fraca” e cuja personalidade não desperta simpatia como deveria. É apropriado para a aura do livro em geral, mas entendi como um exagero. E a razão é a seguinte: O centro do que é mal deveria ter sido Polly, mas o comportamento dos envolvidos não permitiu que eu sentisse pena. Senti que cada um tinha de Polly o que merecia e as únicas verdadeiras vítimas eram as crianças: Os dois meninos de Polly e as duas meninas de Rose. Quero dizer, imagino que a intensão fosse sentirmos que tudo era culpa de Polly, e realmente o sentimos, mas certos momentos nos fazem pensar que ela pode não ser um simples ser humano, mas ela é. Enfim, exagero. Ainda assim, se deixarmos de julgar bem e mal, apreciamos uma ótima obra, até certo ponto. Para aqueles que gostam de sentir a corda ser puxada dos dois lados até que esteja prestes a arrebentar, Cuco soa como as seringes de um pássaro (o que, de certa forma equivale a nossas cordas vocais).
Como esse é o tipo de livro que lemos buscando avidamente pelo desfecho, prefiro não revelar coisa alguma a não ser que o final é de cair o queixo e de lamentar por várias lacunas. Também não direi se essa é uma experiência boa ou ruim pela qual passar. Digo apenas que é uma experiência que vale a pena, e pode lhe fornecer uma nova visão de como um ser humano pode NÃO ser.
Título: Cuco
Autor: Julia Crouch
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 464
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 464
6 comentários
gostei da ta resenha
ResponderExcluirgeralmente quando eu vejo alguma é mais ou menos desse jeito
^^
boa noite
muito boa a resenha! vi tantas deste livro... algumas até negativas, mas que me deixaram super curiosa para lê-lo!
ResponderExcluirOlá Stephanie!
ResponderExcluirSua resenha me deixaste realmente curiosa, algo que ao iniciar a leitura do primeiro capítulo não ocorreu. Porém agora tenho mais motivos para lê-lo: entender o que um ser humano pode não ser.
A história parece ser realmente mais adulta e tem uma sinopse intrigante. Espero gostar da história!
Beijos,
Samy - http://samyaquino.blogspot.com
E eu tô na seca pra ler esse livro tb, já tô sabendo q vou xingar muito a 'cuco'. rs
ResponderExcluirGente, q tal colocarem uma caixinha de seguir o blog por e-mail? Bjs
ResponderExcluirEstou simplesmente com muitas expectativas com este livro que confesso que só não li ainda devido ao tamanho, hehe, mas leio ainda no mês de outubro sem dúvida.
ResponderExcluirVanessa - Blog do Balaio
Obrigada pela visita!
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Beijos!