Sinopse: Miles
Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas
palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça
em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o
poeta François Rabelais, quando estava à beira da
morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver
Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada,
problemática e extremamente sensual, Alasca levará
Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção
ao Grande Talvez.
“Quem é você,
Alasca?” difere muito dos livros que encontramos normalmente. A
introdução da história é interessante,
mas nada fora do esperado: Um garoto excluído e sem amigos é
transferido para um colégio interno e lá conhece uma
garota, ele gosta dela e... Mas a partir daí, seguimos por
runos tortuosos e nada típicos.
Bem, se você é
como eu, que espera sempre um romance lindo, pode ir se desiludindo.
O foco do livro passa
longe do relacionamento e torna-se o relato de um cotidiano instável
e problemático. Não fui cativada no início e
conforme continuava a leitura, senti-me despencando numa descida
sufocante cheia de disputas imaturas, cigarros, bebidas e panelinhas
que eram tratadas ali como a coisa mais legal e natural do mundo.
Quem é você,
Alasca? Bem, posso receber pedras por isso, mas por muitas páginas
eu responderia da seguinte maneira: “Alasca é uma garota
manipuladora, bipolar e instável, indigna de ser protagonista
de um livro de romance”. Com o tempo fui a compreendendo melhor,
mas não consegui me vincular, como frequentemente faço com
as personagens.
Mas ainda que a
história em si não me entusismasse muito no início,
a narrativa do autor fez com que isso acontecesse. O livro é
dívidido por “Antes” e “Depois”. No Antes, os
capítulos são nomeados como uma contagem regressiva: 99
dias antes, 44 dias antes... O que nos faz querer descobrir logo o
antes de “que”.
E então, no meio
do livro, acontece algo inesperado e, enquanto perdemos o chão,
os capítulos se transformam em: 2 dias depois, 27 dias
depois... é nesse momento que somos presos e tomados por
aquela agonia tão sutil dos livros do John Green.
A profundidade da
história passa de uma poça d'água para um
oceano. Somos jogados num suspense cheio de questões
filosóficas e detalhes pedaços que podem ser a chave de
tudo.
O “Quem?” passa a
ser “Por quê?”. “Por quê, Alasca?”, “Como?”.
E o Milles começa a ser um protagonista de verdade, ainda que
um tanto mais frágil e covarde do que todos esperam de um
herói literário.
Esse não é
um daqueles livros para sonhar os se apaixonar. Ele é
reflexivo, desesperador e muito insuportável e
espetacularmente humano.
Título: Quem é
você, Alasca?
Autor: John Green
Editora: WMF Martins
Fontes
Páginas: 240
3 comentários
Gosto da escrita do John Green. Ele tem um jeito todo especial de abordar temas bem diferentes e algumas vezes bem polemicos.
ResponderExcluirEu achava sim que esse livro seria um romance. Talvez tenha sido melhor mesmo nao ser romance ai deu para ampliar os rumos da historia neh?
Ainda nao li o livro mas quero muito ler.
bjs.
http://booksandmuchmore.blogspot.com
Olá!
ResponderExcluirEsses rumos tortuosos parece ser uma característica dos livros do J. Green, ainda não li nenhum, mas notei isso com as resenhas que vejo.
Tenho vontade de ler esse livro desde o seu lançamento, mas nunca tive oportunidade. :~
Beijos,
Samantha Monteiro
Word In My Bag
http://www.wordinmybag.com.br/
Eu vou ler Quem é Você, Alasca? na Maratona Literária que está para acontecer! Já li outros três livros do John Green e adoro as nerdices do autor! Mal posso esperar para amar este!
ResponderExcluirAbraço,
Vinícius - Livros e Rabiscos
Obrigada pela visita!
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